Crepúsculo
Zilo e Zalo
A natureza bem florescente
Eu passo horas a contemplar
Admirando belos matizes
Sentindo o vento a sussurrar
Tão murmurante as águas descem
Em meio as pedras da ribanceira
O turbilhão de espuma branca
Forma na queda a cachoeira
O Sol baixando nos traz a tarde
E o poente muda de cor
Tranquilamente cai a neblina
E na capela canta louvor
A luz do astro beijando a terra
Vai se apagando nos olhos meus
Eu venho a crer que nesse instante
É bênção divina, bênção de Deus
Dentro da noite se ouve ao longe
A voz sonora numa canção
E o lamento de um pinho triste
Preenche as trevas do meu sertão
A Lua nasce meiga e risonha
Satisfazendo o meu desejo
Esse recanto verde azulado
É toda a vida do sertanejo
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